domingo, 26 de setembro de 2010

Personalizando o iGO 8 no aparelho de GPS

O iGO é um software de navegação para dispositivos GPS produzido pela empresa Nav N Go (http://www.navngo.com/). O iGO roda em dispositivos com o sistema operacional Microsoft Windows CE e as versões mais recentes incluem suporte ao sistema do iPhone.

Diversos dispositivos pessoais de navegação (PND), ou também chamados de assistentes pessoais de navegação (PNA), utilizam o Windows CE com o iGO, por exemplo os GPS da Aquarius e da Airis. Este artigo aborda o iGO 8, precisamente a versão 8.3.4, em algumas das muitas possibilidades de configurações. Esta versão é a mais comum encontrada nos aparelhos comercializados no Brasil.

O software iGO 8 vem instalado em um diretório na memória flash do dispositivo. Como exemplo vamos adotar "\iGO8\". Dentro deste diretório encontra-se o sub-diretório "\iGO8\content\" onde ficam guardados os arquivos relacionados aos mapas etc. No "\iGO8\content\" temos os sub-diretórios:

"\iGO8\content\building\", para os arquivos de construções 3D, com extensões .3dl e .3dc;
"\iGO8\content\dem\", para os arquivos de modelo digital de elevação, com extensão .dem;
"\iGO8\content\lang\", para os arquivos de tradução da língua, em arquivos zipados;
"\iGO8\content\map\", para os arquivos de mapa, com extensão .fbl;
"\iGO8\content\poi\", para os arquivos de pontos de interesse, com extensão .poi;
"\iGO8\content\scheme\", para os arquivos de esquema de cor, em arquivos zipados;
"\iGO8\content\skin\", para os arquivos de aparência do software;
"\iGO8\content\speedcam\", para os arquivos de radares, com extensões .txt e .spdb;
"\iGO8\content\voice\", para os arquivos de voz, em arquivos zipados.

Para acrescentar ou atualizar arquivos de mapa, língua, pontos de interesse, radares, voz etc. basta copiar os novos arquivos para seus respectivos sub-diretórios. Na próxima inicialização do iGO os novos arquivos serão automaticamente reconhecidos e incorporados no software.

No mesmo nível hierárquico do diretório "\iGO8\content\" podem existir também os sub-diretórios, entre outros:

"\iGO8\cars\", para arquivos de imagens de veículos, com extensão .bmp;
"\iGO8\extension\", para arquivos de extensão de funcionalidades do software e da skin;
"\iGO8\gfx\", para arquivos de gráficos, por exemplo veículos em 3D.

Em um exemplo prático vamos instalar a skin Gurjon, uma das mais famosas para o software iGO 8. Após o download do seu pacote completo (para a versão 6.17 trata-se do arquivo "GJ6.17p_da_fullpack.rar") fazemos a extração do seu conteúdo para a pasta "\iGO8\". Esta skin contém arquivos para os sub-diretórios "\iGO8\content\scheme\", "\iGO8\content\skin\" e "\iGO8\extension\". Se desejar usar, nesta skin, imagens de veículos sobre a seta de direção, basta incluir os arquivos bitmap (não inclusos no pacote da skin) no sub-diretório "\iGO8\cars\". Nas opções do software iGO 8 aparecerá o botão para troca da skin (máscara), é só clicar e reiniciar o software para a skin entrar em ação.

Outro exemplo prático é a instalação de veículos 3D no lugar da seta de direção. Os arquivos de modelos gráficos para veículos 3D ficam geralmente no sub-diretório "\iGO8\gfx\", com extensões .mdl e .tex. Para utilizá-los é necessário adicionar algumas linhas no arquivo "\iGO8\sys.txt". Este arquivo contém as definições de configuração do iGO 8. Um exemplo de parte do conteúdo, do arquivo "\iGO8\sys.txt", para definição do veículo 3D é apresentado a seguir:

[map]
3d_scale_carmodel=1
3dcarsizemin=5000
3dcarsizemax=15000
3dcarsizemul=35000

[3d]
car_day=WPSilver.mdl
car_night=WPSilver.mdl
ghost_day=WPSilver.mdl
ghost_night=WPSilver.mdl

Na seção [map] o parâmetro "3dcarsizemin" define o tamanho mínimo do veículo, o parâmetro "3dcarsizemax" define o tamanho máximo, ambos para variações no zoom do mapa, e o parâmetro "3dcarsizemul" define a relação de tamanho do veículo com a largura da via no mapa. A seção [3d] define em seus parâmetros os nomes dos arquivos para cada situação de mapa, diurno, noturno etc.

A estrutura do software iGO 8 é bem simples, um backup é facilmente realizado apenas copiando todos os diretórios e arquivos para um local seguro. Na restauração deste backup basta copiar tudo de volta. A personalização também é simples, como visto nos exemplos deste artigo. Pela Internet encontra-se muitas dicas e arquivos para download, para o software iGO.

Mas atenção, antes de fazer qualquer alteração no iGO é altamente recomendável fazer uma cópia de segurança de todo o conteúdo da memória flash do seu dispositivo GPS. É bem provável que nas tentativas de personalização o software tenha seu funcionamento prejudicado e a restauração do backup vai trazer de volta a ordem das coisas.

Para ter acesso ao conteúdo da memória flash do dispositivo GPS, e isso pode depender do dispositivo, podemos utilizar, quando sob conexão por cabo USB, o software Windows Mobile Device Center (ou o Microsoft ActiveSync para o Windows XP e anteriores), ou se ativado no dispositivo, o acesso direto como se fosse uma unidade de armazenamento removível. Em sistema Linux, por exemplo, é feito desta forma, como uma unidade de armazenamento removível. Também é possível, se o conteúdo estiver em um cartão removível (cartão SD ou MicroSD), retirar este cartão e conectá-lo diretamente no leitor de cartões de seu computador.

Aqui no Brasil os dispositivos GPS trazem somente os mapas do Brasil. Os mapas de outros países, como Argentina, Estados Unidos e países Europeus, devem ser adquiridos separadamente. Entretanto, skin, veículos, temas etc. poder ser encontrados gratuitamente pela Internet.

Os exemplos demonstrados aqui não são a única forma para a solução dos casos apresentados. Como o software iGO é muito flexível, é possível que existam mais de uma solução para determinadas personalizações.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Problema de lógica: 15 minutos nas ampulhetas

Com uma ampulheta de 7 minutos e outra de 11, como marcar 15 minutos?





RESPOSTA





Inicie o tempo usando as duas ampulhetas. No momento que a ampulheta de 7 minutos chegar ao fim, vire-a para um novo início. No momento que a ampulheta de 11 minutos chegar ao fim terão se passado 4 minutos na ampulheta de 7 minutos, então, vire novamente a ampulheta de 7 minutos para somar mais 4 minutos aos 11 minutos já transcorridos.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sites pelo mundo com notícias referentes ao Linux

Informação na Internet é o que não falta. Na vastidão da Internet existem ótimos sites com notícias referentes ao sistema operacional Linux. Alguns são versões online de jornais e revistas impressas, com excelente conteúdo editorial.

Segue uma lista do que eu considero como os melhores sites de notícias Linux:

Linux Format
http://www.linuxformat.co.uk/

Linux Magazine, da QuarterPower Media
http://www.linux-mag.com/

Linux Magazine, da Linux New Media
http://www.linux-magazine.com/

The Linux Foundation
http://www.linuxfoundation.org/

Linux Journal
http://www.linuxjournal.com/

Linux.com
http://www.linux.com/

LinuxInsider
http://www.linuxinsider.com/

Linux Today
http://www.linuxtoday.com/

Linux Security
http://www.linuxsecurity.com/

LinuxPlanet
http://www.linuxplanet.com/

domingo, 19 de setembro de 2010

Rodando jogos no DOSBox

O software DOSBox é um emulador de PC Intel x86, com suporte a som, gráfico, mouse, joystick etc., preparado para rodar jogos e demais softwares do sistema MS-DOS, os quais simplesmente não podem ser executados nos computadores e sistemas operacionais modernos. Possui um prompt de comando no estilo do DOS original, com apenas alguns comandos, sendo suficiente para instalar e executar muitos dos jogos para DOS. É um software gratuito e possui versões para os principais sistemas operacionais.

Neste artigo demonstro a versão para Linux e, como exemplo, a instalação e execução do jogo 11th Hour. Na página oficial do DOSBox na Internet (http://www.dosbox.com/) existe uma listagem dos jogos compatíveis, são centenas deles.

A distro Fedora disponibiliza o pacote para o DOSBox em seu repositório oficial, assim sua instalação torna-se simples. Na primeira execução o DOSBox cria seu arquivo de configuração no diretório pessoal do usuário. Neste arquivo, algo como ~/.dosbox/dosbox-0.74.conf, existem diversas linhas separadas em seções para a configuração das características do hardware emulado. A configuração padrão já é suficiente mas se desejar alguma em específico basta alterar as linhas envolvidas. A última seção, com a marca [autoexec], equivale ao arquivo autoexec.bat do sistema DOS.

Uma funcionalidade interessante do DOSBox é que podemos definir um diretório real, do sistema hospedeiro, para ser a raiz de uma unidade de armazenamento, por exemplo a unidade C. Desta forma, no prompt de comando do DOSBox podemos digitar o comando "mount C ~/DOSBOX" e então o diretório DOSBOX, localizado no diretório pessoal do usuário, será a unidade C no sistema DOS emulado.

Outra funcionalidade é de ser possível montar múltiplas imagens ISO na mesma letra de unidade e usar a combinação de teclas CTRL+F4 para trocar as imagens, selecionando a que ficará ativa. Como se estivesse trocando um disco na unidade física.

Na inicialização do sistema DOS emulado, fica disponível uma unidade de armazenamento contendo os comandos básicos. Identificada pela letra Z, esta unidade é algo como um ramdisk, como tinham os disquetes de instalação do Windows 95 ao Millenium.

Para exemplificar, vamos para um passo a passo da instalação e execução do jogo 11th Hour, no DOSBox. A partir das mídias do jogo foram geradas imagens ISO. Seguem os passos:

1. Criar uma pasta para conter os ISOs e outra para ser o drive C (neste exemplo são ~/ISOs e ~/DOSBOX).

2. Executar o DOSBox:

$ dosbox

3. No prompt do DOSBox, montar o drive C:

mount C ~/DOSBOX

4. No prompt do DOSBox, montar as imagens na unidade D:

imgmount D ~/ISOs/11hdisk1.iso ~/ISOs/11hdisk2.iso ~/ISOs/11hdisk3.iso ~/ISOs/11hdisk4.iso -t iso

5. Instalar o jogo (operar normalmente como se estivesse no sistema DOS).

d:
go.bat

6. Executar o jogo:

c:
cd GAMES\11H
go.bat

Depois, quando for somente executar o jogo, basta seguir os passos 2, 3, 4 e 6. Ou, dando mais um exemplo de funcionalidade do DOSBox, use somente a linha de comando abaixo:

$ dosbox ~/DOSBOX/GAMES/11H/GO.BAT -c "IMGMOUNT D ~/ISOs/11hdisk1.iso ~/ISOs/11hdisk2.iso ~/ISOs/11hdisk3.iso ~/ISOs/11hdisk4.iso -t iso" -exit

O DOSBox é muito simples e eficiente. Para sair do DOSBox digite o comando exit e para liberar o cursor do mouse para seu desktop, use CTRL+F10. O argumento -fullscreen inicia o DOSBox no modo tela cheia, ou use as teclas Alt+Enter para alternar entre os modos. É possível também reduzir a velocidade do processamento emulado para aproximar o desempenho dos computadores antigos. Nas páginas manuais há explicações para os outros comandos e teclas de atalho.

Turismo virtual pelo GPS

Atualmente os principais softwares de navegação para aparelhos GPS oferecem a visualização dos mapas em 3D e, com isso, a projeção de alguns monumentos em 3D. As construções mais famosas do mundo estão entre os monumentos incluídos nos softwares para GPS.

Desta forma, podemos realizar um turismo virtual por estes locais famosos. Procurando pelo endereço ou pela coordenada a imagem do monumento aparece na tela do aparelho, desde que o software esteja configurado para navegação em 3D.

Veja a seguir algumas imagens de monumentos famosos. São imagens produzidas pelo software Nav N Go iGO8 com mapas e demais detalhes dos Estados Unidos e Europa, além do Brasil que já vem incluso pelo vendedor do aparelho.

* clique na imagem para visualizá-la em tamanho real.

Os monumentos são, na ordem apresentada: a Torre do Relógio (Big Ben) no Palácio de Westminster e a roda-gigante London Eye; a Casa Branca em Washington D.C.; o Coliseu de Roma; o Corcovado; a Torre Eiffel; o Palácio do Louvre; a Catedral de Notre-Dame; a Catedral Metropolitana de São Paulo; e a Praça de São Pedro e a Basílica de São Pedro no Vaticano.

Experimente realizar este turismo virtual em seu aparelho GPS, passeie e veja as construções mais famosas do mundo. Mas lembre-se, é necessário conter instalado, no software do aparelho, os mapas e construções dos países onde os monumentos se localizam.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Níveis de execução em sistemas Linux

O termo nível de execução (runlevel) refere-se ao modo de operação em sistemas operacionais que implementam o padrão System V de inicialização. Um nível de execução é apenas um número que especifica o estado do sistema, no que diz respeito ao processo init, após a inicialização. Somente um nível é executado na inicialização do sistema, eles não são executados sequencialmente.

Convencionalmente existem sete níveis de execução, do 0 ao 6, que são designados para definir estados basicamente de mono ou multi usuário, modo texto ou modo gráfico e serviços iniciados. A exata configuração de cada nível varia dentre as diversas distribuições Linux. Um modelo padrão é apresentado abaixo:

Nível   Estado

0       Desligar a máquina (halt);
1       Modo texto, mono-usuário;
2       Modo texto, multi-usuário, básico, sem rede;
3       Modo texto, multi-usuário, completo, com rede;
4       Não usado;
5       Modo gráfico, multi-usuário, completo, com rede;
6       Reiniciar a máquina (reboot).

Este modelo padrão é seguido pela distribuição Red Hat e principais descendentes (CentOS, Fedora) e também pelo openSUSE. A distribuição Debian não faz distinção entre os níveis 2 a 5. A distribuição Slackware utiliza o nível 4 para o modo gráfico multi-usuário e não utiliza os níveis 2 e 5.

Um nível de execução pode ser definido através do arquivo /etc/inittab, onde há uma linha para especificar o nível padrão, também pode ser definido através de um parâmetro para o kernel em sua inicialização, ou então, pelo comando telinit (ou init) quando o sistema estiver em execução. Para saber em qual nível está o sistema, podemos utilizar o comando "runlevel" ou "who -r".

Um nível não usado é geralmente disponibilizado para o administrador definir o que desejar, em inicializações específicas. Porém nada impede de alterar os níveis pré-configurados do sistema.

Se você está familiarizado com o sistema Microsoft Windows, o nível de execução é semelhante a escolha que se faz no menu de opções avançadas durante o boot do Windows, onde existem as opções de "Modo seguro", Modo seguro com rede", "Modo seguro com prompt de comando" etc., que normalmente aparece após um desligamento inadequado ou pressionando a tecla F8 durante o boot.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Não use uma rede desconhecida

Uma grande tentação quando se tem um computador com placa de rede sem fio é a de conectar-se gratuitamente em uma rede que forneça acesso a Internet.

É comum, encontrarmos na vizinhança, um sinal de rede sem fio desprotegido de senha. Talvez existam usuários distraídos que não configuram adequadamente seus pontos de acesso mas, também podem existir pessoas querendo, na verdade, roubar informações de vítimas.

Da mesma forma que não devemos digitar senhas pessoais em computadores de estranhos, por exemplo, em lan-house, porque corremos o risco de um software malicioso capturar tudo o que digitamos, o risco de usar uma rede desconhecida é muito maior.

Um computador que fique no meio de uma rede, servindo de passagem para o tráfego de dados, é capaz de monitorar o conteúdo que passa por ele. É basicamente isto que ocorre quando usamos uma rede desconhecida para ter acesso a Internet. Toda a transferência de dados entre nosso computador e a Internet se faz por uma rede controlada por um administrador que pode ter más intenções.

Então não use uma rede desconhecida, principalmente quando for acessar uma página ou e-mail que necessite de sua senha pessoal. O mesmo cuidado é válido para redes gratuitas de praças públicas ou espaços comerciais, apesar destas serem, a princípio, confiáveis.

O recomendável é apenas usar o seu computador e sua conta de Internet para acessar sites que requerem senhas pessoais, principalmente site de bancos! Em acessos por redes públicas limite-se apenas a visitas a sites de uso genérico. Todo o cuidado é pouco.